O meu melhor amigo tio Carneiro
Mais uma noite insone e ruim.
As horas arrastam-se, negras sem fim.
Deitado na cama, banhado em suor
Olho a minha volta com muito pavor
E tudo me diz que a minha existência
Esta perto do fim – é uma evidência
Do canto mais escuro, preto do armário
Eleva-se um guincho extraordinário
E o som enervante de algo a pingar
Parece mesmo que uma besta feia
Antecipando o prazer da ceia,
Esta já salivando pronto atacar
Se pelo menos eu tivesse á mão
Uma pistola, uma espada, um canhão
Teria maneira de me defender dela.
Oh céus! Uma sombra negra e Ominosa
Desliza acolá espessa e pegajosa.
Sob a luz que banha a janela.
Olhos Cruéis de sangue raiados
Negros tentáculos, fremindo, agitados
E bocarra temível de aspecto horroroso!
Quando a minha vida se aproxima do fim
Mando uma mensagem de Adeus ao tio Carneiro
È o meu único amigo que tenho no mundo
Escrevo o seguinte “ EI! ACORDA MEU IDIOTA CHAPADO!
FICAS ADORMIR EM QUANTO EU SOU DEVORADO!
O telemóvel toca e eu meto altifalante e o tio Carneiro
Pergunta o que se passa para o acordar do seu sono.
E o monstro percebe que não estou sozinho
Há um amigo valente do outro lado do telemóvel,
Um amigo corajoso que impõe muito respeito.
Se o monstro soubesse, não teria vindo!
E o ser monstruoso temendo o pior,
Sai pela janela cheio de pavor
E some-se de vista, correndo a valer.
Do monstro já mais tenho a temer.
Livrei-me outra vez de um destino cruel
Graças ao meu Quim amigo Fiel!
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
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