segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Hacker do Pentágono é autista, diz especialista

Gary McKinnon, acusado de invadir os computadores do Pentágono, nos EUA, pode sofrer da síndrome de Asperger, um tipo de autismo, de acordo com o especialista Simon Baron-Cohen, professor da Universidade de Cambridge.
O especialista pediu que o hacker britânico, de 42 anos, não seja extraditado para os EUA, onde arrisca uma pena de prisão que pode ir até 70 anos, numa cadeia norte-americana de máxima segurança.
O pirata virtual foi acusado de entrar ilegalmente em 97 computadores da Marinha e do Exército dos EUA, da agência espacial Nasa e do Pentágono, entre Fevereiro de 2001 e Março de 2002, naquela que é considerada a maior operação de pirataria virtual da história daquele país.
McKinnon confessou os ataques, mas alegou que, quando invadiu os computadores, não tinha má intenção. «Foi uma acção de alguém que sofre de um transtorno e que não pode ser considerado um acto criminoso», defendeu Baron-Cohen, explicando que o modo obcecado de agir do hacker é típico da «ingenuidade social» dos autistas.
A síndrome de Asperger produz «uma visão estreita, que faz com que, na busca pela verdade, as pessoas não vejam as potenciais consequências sociais para as outras», continuou o especialista, defendendo que o encarceramento do britânico «seria questionável, porque alguém com esta doença dificilmente suportará esse transtorno».
Os norte-americanos, que perdem a extradição de McKinnon, acreditam que o cibercriminoso tinha a intenção de influenciar o governo dos EUA, através da intimidação e da coerção. O hacker foi descoberto quando tentava copiar fotografias da Nasa, que ele acreditava terem sido manipuladas, com o objectivo de ocultar provas da existência da vida extraterrestre.
© Copyright 2009 Diário Digital

1 comentário:

Anónimo disse...

Nunca foi autista! E é uma ótima desculpa do advogado.

É o que sempre fazem... aprisionam os gênios... e deixam livres os verdadeiros loucos.

Eu tenho 3% de autismo!