O número de crianças autistas é muito maior do que pensávamos anteriormente, diz um estudo feito nas escolas britânicas.
Os pesquisadores agora acreditam que 1 em cada 60 crianças tenha alguma forma de autismo.
Essa descoberta preocupante, que logo será tornada pública, significa que na Inglaterra cerca de 216.000 crianças podem sofrer de alguma manifestação de autismo, apesar de nunca terem tido um diagnóstico. A pesquisa poderá ter um grande impacto nos serviços públicos, já que um maior número de jovens necessitará de cuidados especiais.
O autismo abrange uma série de falhas no desenvolvimento que afetam a comunicação e as habilidades no convívio social.
As famílias que cuidam de crianças com autismo grave dizem que suas vidas são muito difíceis; o custo do Estado para o cuidado de portadores de autismo chega a 28 bilhões de Libras por ano.
O último estudo, realizado pelo Centro de Pesquisa de Autismo, da Universidade de Cambridge, envolveu milhares de crianças e mostrou que a percentagem de portadores de autismo era duas vezes maior do que o número de 1 criança a cada 100 como correntemente aceita pela Sociedade Nacional de Autismo.Também foi ultrapassada a marca de 1 em 87 da pesquisa feita há 3 anos nas escolas de Londres, publicada no jornal de medicina Lancet.
Os casos de autismo aumentaram significativamente nos últimos 40 anos. Na década de 80, por exemplo, um estudo apontou apenas 4 casos em cada 10.000 crianças com sinais de autismo.
O estudo de Cambridge, liderado pelo Professor Simon Baron-Cohen, afirma com clareza que a o aparente aumento de média atual é o resultado de um melhor diagnóstico. Os resultados da pesquisa já foram apresentados numa conferência internacional de especialistas de autismo, mas ainda não foram formalmente publicados.
Os pesquisadores concluem que o número de 1 em 60 é bastante acurado. Eles estimam que 1% das crianças, reconhecidamente, são portadoras de autismo. Dizem ainda que para 3 casos reconhecidos, existem 2 não diagnosticados.Tais números representam 5 casos em 300 crianças ou 1 em 60.
"Isto tem implicações no planejamento, diagnóstico, serviços de saúde e sociais", dizem os pesquisadores.
Para Benet Middletton, da Sociedade Nacional de Autismo, “é muito provável que as pessoas afetadas por esta condição tenham sido completamente ignoradas pelas autoridades de Educação e de Saúde e permaneçam sem qualquer diagnóstico".
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1 comentário:
Bolas... é preocupante. No entanto deve ser uma forma muito leve.
abraço
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